sábado, agosto 25, 2012

CANO PELO CU

592330_154815927889834_729247156_q

Grupo de Apoio ao Agente da PSP da Esquadra do Laranjeiro ·

  • O CANO DE UMA PISTOLA PELO CU
    Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.
    Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.
    Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
    Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
    A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
    Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.
    E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
    Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
    A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
    A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
    Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
    Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
    Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos."

sexta-feira, agosto 24, 2012

A RTP passa para privados á custa de quem?

RTP-Noticias1

O governo quer ``privatizar´´ a RTP e acabar com a RTP2 logo se levantam as vozes moralistas contra a privatização desta estação televisiva com o pretexto de serviço publico. Hó meus amigos serviço publico? Mas qual serviço publico? A RTP nunca prestou serviço publico mas sempre foi um refugio para muitos profissionais de televisão com ordenados chorudos e administradores de algibeira nomeados pelos governos sucessivos em paga de favores a amigos que levaram a marabunta em que se tornou o canal publico que sempre foi manietado pelos governos que estavam no poder. Serviço publico é conversa as audiências falam por si com a excepção dos jogos de futebol da selecção nacional e os debates políticos em época de eleições portanto não me venham com a conversa de serviço publico, porque esse serviço já é feito pelos canais privados em sinal aberto e que custam ZERO aos contribuintes e a RTP custa 2,5€ por mês na factura da electricidade. Serviço público é a segurança social a saúde, a educação e os transportes não uma estação de televisão pago a peso de ouro por todos os portugueses para satisfação de meia dúzia de elites cagatórias e mamões, nem vale a pena pôr os nomes porque toda a gente sabe quem são portanto acho que a RTP devia de ser a primeira opcção a privatizar já há muito tempo. Mais valia privatizar a RTP do que a EDP, PT, TAP e GALP porque essas empresas davam lucro enquanto a RTP dá prejuízo. Para além disso o país está de tanga não se pode dar a esses luxos.

Agora não concordo em nada com o modelo escolhido pelo governo nesta privatização porque ao que parece é uma privatização mascarada com prejuízo para os contribuintes, a ser verdade o que corre nos meios de comunicação social parece-me mais uma trafulhice porque estão a mascarar uma privatização com um aluguer pago pelos contribuintes em favor de não se sabe quem mas vai-se saber, cheira-me que não vou ficar surpreendido a RTP tem o seu valor principalmente o espolio de gravações que tem em seu poder que quanto a mim não deve ser vendido são imagens e arquivos que não tem preço mas temo que isso venha a acontecer infelizmente porque a ganância é muita. Portanto é mais transparente privatizar o canal, o estado deixa de ter canal público mas se é privado passa a ter os mesmos direitos e obrigações dos outros canais façam pela vida como os seus concorrentes nada de receber taxas dêem novelas, festivais, futebóis e bimbalhadas mas não à custa dos contribuintes se não é pior a emenda que o soneto mas temo que não venha a ser assim até porque quem está por dentro deste negocio chama-se Relvas e desse senhor não vem nada de bom só espero que o negócio não esteja feito já antes de as propostas estarem na mesa a julgar pela rapidez como se formou é de desconfiar.