sábado, março 14, 2009

Sinopse da História de Portugal (ós códradinhos)... e com bué da realidade.

Tudo começou com um tal de Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou
por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.

Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer
e não teve muito tempo para lhe apreciar o salero porque a tipa apanhou
uma camada de peste negra e morreu. Pouco tempo depois, o fulano, que por
acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um
tal de João que, ajudado por um amigo de longa data que era afoito para
a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou
uns trocos para comprar uns barcos ao filho que era dado aos desportos
náuticos. De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o
primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão com escalas no Funchal,
Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau.

Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de
pimenta para recordação e resolveu ir afogar as mágoas, provocando a malta
de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.

Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta
do estaminé até chegar outro João que enriqueceu com o pilim que uma tia
lhe mandava do Brasil e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro a menos, as coisas lá se iam aguentando
até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro. Muita coisa se partiu. Mas
sem gravidade porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra
vez, graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para a bricolage e
não era mau tipo apesar das perucas um pouco amaricadas.

Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar se Pedro
podia vir brincar e o irmão mais novo, o Miguel, teve uma crise de ciúmes e
tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de
orelhas do mano que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e foi
por isso que Carlos anafado levou um tiro nos coiratos quando passeava
de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho
e escondeu-se num buraco na Flandres onde continuaram a ouvir tiros
mas apontados a eles e disparados por alemães.

Ao intervalo, já perdiam por muitos mas o desafio não chegou ao fim
porque uma senhora... (vestida de branco) apareceu a flutuar por cima de
uma azinheira e três pastores ficaram primeiro atónitos, depois morreram e
ainda mais tarde foram beatificados.

Não fosse um velhote de botas, lá das beiras, a confusão tinha
continuado mas, felizmente, não continuou e Angola continuava a ser nossa
mesmo que andassem por ai a espalhar boatos.

Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se amandou
do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um
chaimite e um molho de cravos em cima do assunto. Depois parece que houve um
Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa e ainda teve tempo
para transformar uma lixeira numa exposição mundial e mamar umas secas da
Grécia na final.

A Europa desatou a despejar contos (diz-se que um milhão por dia ) para
o jardim à beira-mar plantado, mas as más línguas dizem que Prof.
algarvio, grande economista, só mandou fazer estradas, para se poder chegar
a 120 à hora ao primeiro engarrafamento.

Desenvolvimento económico, nicles. Indústria, química, investigação? Bah,
essas tretas não eram para nós. Carros alta gama, especulação imobiliária e
bolsista é que dão "status". O resultado está
à vista.

Depois veio um mangão, diz-se que Durão, que quis ficar na fotografia, lá
no meio do charco, e logo a seguir bazou para se exibir na Europa
rica, deixando por cá um tal Sócrates que de filósofo não tem nada mas tem o
nariz maior que o Pinóquio, e que em vez de, antes da bronca, ajudar as
famílias à rasca, decide dar uma mãozinha aos pobres banqueiros, deixando o
Zé à beira de um ataque de nervos.

E o Cavaco?

O Cavaco foi com o Pai Natal... ou o palhaço no comboio ao circo.

FIM

(Enviado por Carlos Marques) O MALUCO

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