terça-feira, março 10, 2009

Chasso raider Episódio 9

Os nossos amigos finalmente chegaram a Beja com muito esforço e dores no corpo. Já era quase de noite e alem de cansados a fome também não dava tréguas, resolveram procurar um tasco para saciar a fome.

Entraram numa taberna daquelas que cheira a vinho a cinco quilómetros de distancia, e o Zarolho ainda cheirava a merda que tresandava, o que obrigou os clientes da tasca a saírem á pressa , os nossos heróis sentaram-se e perguntaram o que havia para comer. Havia coiratos, torresmos, presunto e ovos mexidos. Os nossos amigos comeram e beberam que nem uns alarves, saíram da tasca atascados até á raiz dos cabelos. Agora só faltava um sítio para dormir e para o zarolho trocar de roupa e tomar um banho.

Encontraram uma pensão barata nos subúrbios de Beja o Zarolho em vês de trocar de roupa entrou na banheira vestido para espanto do Marreco.

Marreco :Pá então vais tomar banho vestido?

Zarolho : Claro assim aproveito tomo banho e lavo a roupa ao mesmo tempo.

Quando os nossos amigos acabaram de tomar banho e se esticaram na cama aquele quarto mais parecia um acampamento cigano (sem ofensa para os ciganos) era roupa estendida por todo o quarto.

Estava um calor tórrido e não fosse uma ventoinha grande presa ao tecto do quarto aquilo mais parecia um microondas entre peidos e gargalhadas os nossos amigos resolveram dormir.

Eram oito da manha o Zarolho foi o primeiro a acordar, apanhou a roupa estendida no quarto ainda meia húmida , vestiu-se e saiu para comer alguma coisa o marreco ficou ainda a dormir que nem uma pedra, O Zarolho voltou á tasca e comia um rissol de carne acompanhado pela bela da mine e enquanto saboreava o pequeno almoço ia planejando o trajecto até á próxima paragem da viagem que ia ser em Castro Verde faltava só atestar as motas e fazerem-se á estrada .

Quando o Zarolho chegou á pensão estava o Marreco já em cima da mota muito apressado com tudo carregado pronto a partir.

Zarolho: Pá que pressa é essa meu?

Marreco: despacha-te já tens as tuas coisas carregadas na mota e eu já paguei a pensão, mas por amor de Deus despacha-te temos que arrancar depois eu explico-te.

O Zarolho não fez mais perguntas monto na mota e arrancaram ambos a alta velocidade 60 km hora, até levantavam as pedras da calçada. A pressa era tanta que mais uma vez se esqueceram de atestar e inevitavelmente ao fim de 30km ficaram de novo atascados sem gota.

Desta feita ficaram no meio de nenhures sem gota e mais uma vez a discussão reinava entre aqueles dois:

Zarolho: Porra pá que merda fizeste para termos que arrancar assim á pressa? Nem fomos buscar o cão á esquadra.

Marreco: Esquece lá o cão eles vão incorpora-lo na policia e ainda vai virar cão policia mas tinha-mos que bazar antes que a dona da pensão vi-se.

Zarolho: Mau! Visse o quê, pá?

Marreco: Olha eu acordei á rasca para cagar estava mesmo aflito e quando vou para me sentar na sanita reparo que estava cheia de merda até cima toda entupida porque o esperto do meu amigo deitou as meias lá para dentro e cagou por cima e entupiu a puta da sanita.

O Zarolho sorriu mas não desarmou: Foi sem querer, não reparei que as meias estavam na sanita e alem disso foi a meio da noite e ainda estava a dormir.

Marreco: Ora como eu estava mesmo aflito e não tinha onde cagar vi um saco de papel que estava no quarto e tive que cagar lá para dentro.

Zarolho: E deixas-te lá o saco cheio de merda?

Marreco: Não, nada disso. Fechei o saco abri a janela e vi o contentor do lixo do outro lado da rua, peguei no saco com a mão e comecei a balançar o saco para ganhar balanço para conseguir acertar no contentor do lixo. Mas quando o lanço, o cabrão do saco caí-me vazio á frente dos meus olhos.

O Zarolho: Então o que aconteceu faltou-te a força no braço?

Marreco: Pior, o saco rompeu-se, a merda saltou para dentro do quarto, estás a ver a ventoinha?

Zarolho (já a rir) : Sim tou a ver o filme.

Marreco: Pois deves estar a ver a merda foi de contra a ventoinha e esta fez o resto, pintou o quarto todo de merda, nem Picasso fazia melhor, só tive um remédio bazar o mais depressa possível daí a minha pressa toda.

Zarolho: Agora entendo, tu só fazes é merda, primeiro arranjas-me uma boleia em que eu me cago todo depois cagas o quarto todo.

De repente desataram os dois á gargalhada entre um charro e outro até se esqueceram do tempo passar.

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